Como a terapia pode ajudar com a profissão e a transição de carreira

Mudar de profissão nem sempre é um processo simples. Isto porque a insatisfação com o trabalho atual pode estar relacionada a inúmeros fatores e a dependência do salário é apenas um deles.

Infelizmente, muita gente ainda tem um profundo desconhecimento de si mesmas e não compreende que muitas dificuldades com a carreira e a profissão podem estar associadas a lealdades invisíveis à história de sua família. Por exemplo, quem tenta diversos negócios e acaba sempre falindo encontrará no histórico familiar uma motivação de fundo para seguir por este caminho e isso nunca é óbvio.

Medo, insegurança, burnout, depressão são outras sintomas que afetam quem está insatisfeito com o próprio trabalho e não consegue encontrar perspectiva de mudança. Outros ainda já sabem que precisam mudar, mas não conseguem traçar um caminho claro ou esbarram na falta de motivação e de disciplina.

É nesse contexto que a terapia sistêmica ou a Constelação Familiar pode ajudar. A diferença entre as duas abordagens é o número de sessões: a terapia sistêmica é um processo mais longo, que pode ser limitado a até10 sessões com foco na carreira. Já a Constelação Familiar revela, em uma única sessão, a origem da principal queixa do cliente.

Ainda existe uma crença de que a ajuda emocional é uma fábrica de tomar dinheiro, porque cada pessoa é capaz de tomar suas próprias decisões. Eu já pensei assim também e pelas minhas próprias experiências ruins percebi o quanto nos autossabotamos ou nos movemos por certos ideais e necessidade de corresponder a expectativas nem sempre muito claras sem ter qualquer consciência a esse respeito.

Embora nada seja absolutamente perdido, levei quase 10 anos para chegar à profissão que realmente fazia sentido na minha vida. Foi pesado, dispendioso e sofrido. Pior, foi não poder oferecer adequadamente o serviço às pessoas que mais precisavam dele e amarrar todo um sistema por uma dependência e necessidade de importância que eu precisava lidar, não os outros.

Falta de força para levar adiante os novos projetos também tem a ver com a nossa família, como não tomar a fonte preciosa de onde viemos. Quem se sente só, vitimizado, sem força ou sem disciplina não tem os pais no coração. Não é de saber que tem, mas é de sentir que tem tudo o que precisa. E o sentimento verdadeiro se traduz em força.

O caminho do autoconhecimento não é o mais fácil, mas uma vez que você completa essa jornada, nunca mais voltará para o mesmo lugar.

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