Compulsão por doce reflete a falta da mãe
- Isis Brum
- 4 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de out. de 2023
Que nossos comportamentos refletem nossas emoções mais profundas, você já sabe. Agora, sabia que isso é possível de perceber também pelo paladar?
A compulsão por comer doces e, principalmente, aqueles bem cheios de açúcar, reflete a falta de mãe, ou melhor, da função materna.
Comer doce não dá um "quentinho" no coração? Mulheres na TPM (desequilíbrio inconsciente do feminino) não amam comer um chocolate? Isto porque o doce produz sensações de prazer, bem-estar, acolhida, preenchimento interno.
Mas essas sensações são provenientes do contato entre mãe e bebê, logo após o parto, durante o aleitamento. A amamentação e o contato pele a pele estimulam a liberação de ocitocina tanto na mãe quanto na criança. Esse hormônio é muitas vezes chamado de "hormônio do amor" ou "hormônio do vínculo", pois fortalece a ligação emocional entre eles e promove sensações de confiança, segurança, carinho e bem-estar.
A ocitocina faz parte de um conjunto de neurotransmissores chamado de "neurotransmissores da felicidade", ao qual se juntam a serotonina, a dopamina e a endorfina. Em quadros depressivos, são utilizados medicamentos que estimulam a produção desses neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar, controle do estresse e da ansiedade.
O açúcar, por sua vez, ativa no cérebro as regiões ligadas ao prazer e à recompensa, fazendo com o organismo libere dopamina, tornando-se viciante.
Em síntese, podemos dizer que as pessoas ávidas por doces carregam uma falta interna da mãe. Algumas, por inúmeras razões, não tiveram esse início de vida acolhedor e seguro enquanto outras não se sentiram satisfeitas com o que receberam e buscam sempre mais.
Portanto, se a motivação interna leva à compensação pelo doce, de um lado, de outro, a indústria comercializa produtos com elevado teor de açúcar com o objetivo de torná-los viciantes, a exemplo das bolachas recheadas, chocolates, suco, refrigerantes e até mesmo os pães aparentemente saudáveis, como os integrais.
É um ciclo literalmente viciante e nada saudável. Veja que o corpo físico, ao apresentar inflamações e doenças metabólicas, como uma consequência do excesso de doces, reflete uma dor emocional inconsciente.
Por essa razão, eu defendo que o problema de hoje é apenas uma projeção de algo muito mais profundo e inconsciente e que, sozinhos, não conseguimos acessar.
De toda forma, o melhor a se fazer é buscar a raiz do problema, isto é, do trauma que gera todo esse desequilíbrio e bloqueia a sua vida.

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