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Dizer "não" é importante para pais e filhos

Atualizado: 30 de set. de 2023

Educar os filhos é uma tarefa cheia de desafios, mas poucos princípios são tão fundamentais quanto estabelecer limites saudáveis. Quando falamos de limites, não estamos restringindo a liberdade das crianças, e, sim, fornecendo uma estrutura necessária para o seu desenvolvimento emocional e social.


Quando os pais estabelecem limites bem definidos, criam um ambiente onde as crianças se sentem seguras e confiantes. Elas sabem o que esperar e, com isso, desenvolvem autodisciplina, uma habilidade vital para lidar com desafios ao longo da vida. Além do mais, dizer "não", já que nem tudo pode ou deve ser feito, ensina as crianças a considerar os sentimentos e as necessidades dos outros. Colocar limites é sobre educar para o respeito e a empatia desde cedo.


Ao assistirmos aos telejornais e vermos futuros médicos mostrando os genitais em público ou a uma criança do 6º ano do Ensino Fundamental, com cerca de 11 anos, agredindo fisicamente a professora para vencer um desafio, percebemos, por mais que as famílias queiram se eximir de sua responsabilidade, que é preciso olhar para os referenciais transmitidos por uma educação saudável ou pela falta dela.


"Mas o meu filho passa o dia inteiro no celular, não conversa comigo". Se os pais não sabem o que seus filhos veem no celular o dia todo, se permitem que a criança estabeleça os próprios limites do relacionamento, não cumprem com a sua função adequadamente. E a permissividade parental será decisiva para que outros meios preencham o que os adultos deixaram faltar.


Os exemplos de repercussão nacional podem parecer distantes de nossa realidade, mas, como educadora por 7 anos no Ensino Fundamental II e Médio, a falta de limites e de empatia leva qualquer um a realizar atos impensáveis contra si mesmo e à sociedade. A omissão parental é uma conta que se paga pelo sofrimento dos filhos a longo prazo.


Crianças que não ouvem "não" dos pais podem se sentir perdidas e inseguras, pois não têm direção clara em suas vidas. Geralmente, isso resulta em comportamento indisciplinado, prejudicando a relação com os outros e até mesmo com os próprios pais, já que se veem como iguais aos membros adultos da família. Não respeitam ordem ou hierarquia, não conseguem manter relações equilibradas, ou seja, violam todas as leis sistêmicas.


Crianças que não conhecem limites têm dificuldades em seguir regras na escola e na sociedade, o que pode prejudicar seu sucesso futuro. Os jornais estão cheios desses exemplos, uma vez que empatia e respeito são cruciais para o convívio social, para o relacionamento a dois e para o trabalho.


Bert Hellinger, o criador das Constelações Familiares, afirmou, em sua abordagem, que o amor só pode existir depois da ordem. Em um ambiente onde os pais não exercem a função de pais, aliás, a sua autoridade saudável sobre seus filhos, impera o amor doentio, cego. Em geral, são adultos que dependem do amor de seus filhos ao temerem a perda desse amor, esquivam-se de fazer o que é preciso para que suas crianças cresçam fortes, confiantes e saudáveis. Em verdade, o que desejam está em fazer diferente do que entendem ser o certo.


Estabelecer limites saudáveis é uma demonstração de amor e cuidado pelos filhos. Isso os prepara para enfrentar o mundo de maneira equilibrada, respeitosa e confiante.







 
 
 

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