O desconforto motiva o fim dos ciclos
- Isis Brum
- 9 de ago. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 5 de out. de 2023
Nascer é a nossa primeira grande decisão em direção à vida quando nos é dada essa opção. O bebê deixa o útero de sua mãe porque ali já completou o seu ciclo de desenvolvimento. Ele não cabe mais naquele local outrora tão aconchegante.
Para continuar existindo, precisa, então, iniciar uma nova jornada em direção ao desconhecido. Mas dói. Nascer para outra fase gera dor e desconforto, no entanto, ativa em nós recursos e habilidades que nem sabíamos possuir. Por isso mesmo, crescemos.
Este é o movimento natural da vida. A dor e o desconforto são parte da experiência da alegria e do aconchego. O que torna tão pesado a mudança de ciclos é a dimensão com que olhamos a necessidade de mudar, o medo atrelado ao apego, a desconexão com a nossa essência, a falta de autoconfiança.
Com isso, nos negligenciamos, permanecendo em estado de dor, como empregos ruins, relacionamentos tóxicos, em conflitos eternos para não abrir do conhecido, assegurando uma sensação ilusória de controle.
Nós mesmos reforçamos internamente que é preciso sofrer, perder, dilacerar para mudar. Algumas dessas crenças podem estar associadas ao momento do parto e outras aos referenciais recebidos da família de origem. Para entender o que houve, é necessário olhar a própria história e ressignificar suas dores.
Quanto mais nos integramos em nós mesmos, mais confiamos na Vida e nos abrimos às mudanças, renovando, constantemente, a nossa existência.

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